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Umuarama (PR): Pai e filho dividem o mesmo amor por táxi

Umuarama (PR): Pai e filho dividem o mesmo amor por táxi

Orgulhoso com seu filho e sua profissão, Juraci Giroto, de 63 anos, sempre foi motorista, porém nunca tinha trabalhado com um táxi, até o convite do seu filho. Foi em 2001 que Cláudio Giroto, de 35 anos, viu uma oportunidade de encaixar seu pai em um ponto de táxi e aproximar ainda mais a família. “Há mais de 10 anos trabalhamos unidos, mesmo com a correria da vida de taxista sempre estamos um próximo do outro e isso é muito bom”, disse.

Esse ano pai e filho completam 12 anos trabalhando juntos na mesma profissão. Para Juraci, poder presenciar seu filho crescer fisicamente e profissionalmente, como também estar perto nos momentos difíceis e os alegres é o melhor presente que um pai pode receber alongo desses anos. “Tenho orgulho do meu filho da nossa carreira.

Mesmo sendo um serviço perigoso é muito bom estar junto”, ressaltou.
Logo no início da carreira de Giroto, o pai, toda a família foi abalada por uma fatalidade. Com menos de quatro meses trabalhando de taxista, o umuaramense, em uma corrida no período da noite, foi baleado com oito tiros por pessoas que estavam no interior do táxi.

Ao receber a notícia, seu filho que estava em uma corrida procurou o pai nos hospitais imaginando o pior. “No instante que recebi a notícia pensei que tinha perdido meu pai, entrei em choque”, ressaltou.

Após o susto e sem risco de perder a vida, a família Giroto precisava levantar dinheiro para pagar o hospital e o tratamento. Sem alternativa, a mãe de Juraci, que preferiu não se identificar, assumiu o volante do patriarca e permanece até hoje fazendo corridas pelas ruas e avenidas de Umuarama. “Após meu pai se recuperar, minha mãe continuou no táxi e hoje somos uma família de taxistas. Agora minha esposa também assumiu a profissão aumentando nossa frota”, contou Giroto, o filho.

A vida de taxista

Entre uma corrida e outra, pai e filho contam a aventura de cada hora encontrar uma pessoa diferente no interior de seus táxis. Fora os incidentes com marginais e problemas de trânsito, os umuaramenses contam fatos inusitados da profissão como fazer um parto e ter que correr com uma noiva pelas ruas e avenidas da cidade. “Cada dia é uma surpresa. Uma vez tive que fazer um parto dentro do meu táxi, foi uma experiência única na minha vida. Hoje além de macaco, estepe e cinto de segurança carrego luvas cirúrgicas no meu táxi”, lembrou Giroto.

http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=45081&Not=Pai e filho dividem a mesma profissão e o amor por um taxi
Fonte:Umuarama Ilustrado